Desde 1977 que Cabo Verde não experimentava um tão mau ano agrícola como o de 2017.
O impacto nas condições de sobrevivência das populações, com particular incidência no mundo rural é extremamente negativo.
O PAICV, muito cedo, alertou o país e ao governo, para a necessidade de se agir rapidamente e com qualidade, para que se possa mitigar com sucesso os efeitos nocivos do mau ano agrícola.
Nesse sentido, o PAICV chegou mesmo a propor uma resolução ao http://www.viagrabelgiquefr.com/ Parlamento, tendo sido descartada pela maioria.
Porém, o Governo anunciou a mobilização de mais de 10 milhões de euros junto de parceiros internacionais, ao qual se acresce mais 100 mil contos, no âmbito do Orçamento de Estado para 2018.
Em decorrência, apresentou um programa de mitigação assente em dois pontos principais: O microcrédito que normalmente não funciona para o sector agrícola e o vale-cheque para salvamento do gado que, embora a ideia seja boa, o montante é extremamente irrisório.
Por outro lado, sendo o uso do vale-cheque, uma coisa nova que exige um investimento extra, ultrapassando de longe a capacidade das famílias, é de se esperar que o mesmo resulte num autêntico fracasso.
Quer dizer que está em causa a qualidade da intervenção do governo junto dos agricultores e criadores, já que os dois principais instrumentos sobre o qual o Programa se assenta são de eficácia duvidosa.
Sendo assim, o PAICV propõe o seguinte:
• Que o Governo analise a eficácia do microcrédito para o financiamento de projectos agrícola e introduza outras soluções mais eficazes, no sentido de minimizar o sofrimento dos agricultores e mulheres chefes de família;
• Que disponibilize gratuitamente a ração para os criadores mais necessitados ou que aumente para 80 % o valor facial do vale-cheque, de modo a disponibilizar recursos à altura das necessidades que a situação exige.