“Estamos a avaliar o Estado da nossa Saúde, mas pensamos que, por hora, ela está a precisar de médico”. Está é a conclusão, prévia, apresentada pela Presidente e Líder Parlamentar do PAICV, Janira Hopffer Almada, hoje, depois deter mantido encontros de trabalho com a Direcção do Hospital Agostinho Neto e com o Bastonário da Ordem dos Médicos.
É que para o PAICV o direito à saúde é fundamental e tem que ser garantido, na prática. “Nós temos que ter uma saúde acessível a todos, sobretudo, àqueles que precisam e não podem pagar os custos inerentes a alguns tratamentos. Por isso, entendemos que é momento de o país ter um pacote de cuidados essenciais definido”, sugeriu.
Outro motivo de preocupação do Partido da Estrela Negra tem a ver com a questão do financiamento do sector da Saúde. E face à má vontade do governo em partilhar com a Nação a sua perspectiva neste sentido, Janira Hopffer Almada questiona sobre a priorização que o Executivo está a assumir em matéria de saúde, em sede do Orçamento, bem como, no respeitante à participação que o Estado entende que deve ter, por exemplo, no Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
No tocante aos principais problemas que o país atravessa no domínio da Saúde a Líder do maior Partido da Oposição coloca enfoque nos domínios das evacuações internas, da cobrança de várias taxas ao nível dos serviços, exames e consultas que nem todos podem pagar, num país com o salário mínimo de 13 a 15 mil escudos.
Apesar de ter manifestado estas preocupações ao Conselho de Administração do Hospital, Janira Hopffer Almada entende que “quem tem a responsabilidade política para analisar essas questões e avançar com medidas concretas é o governo” que, aliás, prometeu a isenção da taxa moderadora, durante as campanhas eleitorais, mas que, neste momento, não vem acontecendo.
Durante o encontro com o Bastonário da Ordem dos Médicos os Eleitos da Nação quiseram saber qual é a avaliação do Sector que a Ordem faz, aspectos inerentes à carreira médica, novos projectos e parcerias público-privadas, assim como, a visão a médio e longo prazos, passados dois anos e quatro meses de governação da actual maioria. “É que durante este tempo não se tem falado de infraestruturas, nem da melhoria das intermédias quanto mais, do tratamento diferenciado”, frisou.
“Ademais, ninguém sabe qual é o engajamento financeiro do Estado, em geral, através do tesouro público e da Previdência Social, em especial, neste momento em que o país passa, claramente, por transições ao nível demográfico e epidemiológico e que trazem consigo desafios de mais recursos humanos e de mais financiamento”, alertou.