A Presidente e Líder do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Janira Hopffer Almada, foi recebida hoje em audiência, a seu pedido, pelo Primeiro-Ministro, Ulisses Correia E Silva.
“Neste encontro priorizamos duas questões, fundamentalmente: primeiro, o acordo celebrado entre o governo dos Estados Unidos de Cabo Verde (Acordo SOFA) e a problemática das evacuações, destacou Janira Hopffer Almada, em declarações à Imprensa.
Sobre o Acordo SOFA, a Líder do PAICV já tinha manifestado dúvidas sobre a constitucionalidade de duas normas, em Setembro, sendo que tal acordo acabou por ser assinado “sem a mudança de uma única vírgula”. “E nós aqui, mais uma vez, quisemos ter este encontro porque entendemos que temos de discutir, com sentido de Estado, matérias que exigem responsabilidade de todos nós”, salientou.
O PAICV apoia as relações de cooperação com os países parceiros, sendo os Estados Unidos um parceiro fundamental do desenvolvimento do país. O PAICV também defende que qualquer Acordo deve se conformar com a Constituição, de modo a preservar, sempre, a soberania nacional, embora a postura do governo continue a ser no sentido de que “nunca se engana e, raramente tem dúvidas, que tem a certeza absoluta da conformidade dessas normas com a Constituição”.
Relativamente às evacuações, matéria que a Líder Tambarina considera de prioritária, pois “constitui preocupação para toda a sociedade cabo-verdiana”, o PAICV propôs ao Primeiro-Ministro que o governo avance com alguma solução transitória, não obstante ter sido anunciado a aquisição de um avião para este fim, até Dezembro. “Aqui é importante dizer-se que, não obstante as dificuldades por todos conhecidos dos TACV, sempre conseguimos ter um sistema de evacuações, no país, que funcionava”, esclareceu.
Apesar de, a Líder Parlamentar do PAICV ter apresentado propostas, “de forma clara”, ao Primeiro-Ministro, relativamente às evacuações, diz não ter obtido nenhuma abertura, o que a fez sair do encontro com o sentimento de ter estado perante alguém que não está disponível para auscultar as propostas, aliás, evidente na sua ausência contínua do Parlamento. “Não pode ser normal um chefe do governo que passe seis meses sem se apresentar na Casa Parlamentar, sempre a invocar que tem outros ministros lá a representarem o governo”, contestou.