O Grupo Parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (GP-PAICV) defendeu hoje, na Praia, que o país precisa “definir e afinar” uma estratégia adequada para a diáspora, por isso o agendamento da sessão parlamentar deste mês.
Em conferência de imprensa para fazer o balanço de cinco dias das jornadas parlamentares, o vice-presidente do PAICV, Rui Semedo, disse que a diáspora, “como parte da nação global” é um veículo “importante” da afirmação da identidade cabo-verdiana no mundo.
“Ela constitui uma das principais dimensões da nossa diplomacia presencial e direta e participa ativamente na vida política, econômica, social e cultural”, frisou Rui Semedo, reiterando que a comunidade emigrada tem tido um “papel importante” na transformação e no desenvolvimento do país ao longo dos anos.
Para além disso, acrescentou que ela constitui uma fonte de investigação científica, com uma influência “muito grande” no plano externo, porque está presente em todos os continentes.
Sobre a descentralização, uma iniciativa introduzida pelo Movimento para a Democracia (MpD), Rui Semedo, disse que o debate vai servir para avaliar o percurso democrático, uma vez que essa temática tem a ver com a dimensão do poder e a participação do povo nas decisões e resoluções dos seus problemas.
Avançou que será uma oportunidade para discutir a organização e o desenho da estrutura do Estado, assim como os ganhos e desafios do desenvolvimento local e da descentralização.
“Será um momento de discutir o financiamento do desenvolvimento local e sobretudo de aprofundamento dos mecanismos de participação popular para dar um novo alento à democracia local”, acrescentou.
Rui Semedo esclareceu, no entanto, que a proposta do PAICV sobre a descentralização irá “desembocar-se na chamada regionalização” e que se enquadra numa reforma “profunda” do Estado, o que, segundo o deputado, implica uma revisão constitucional.
Fonte: INFORPRESS