O Grupo Parlamentar do PAICV vai interpelar ao Governo sobre a política para a economia marítima no intuito de saber por que razão o actual Governo “desmantelou” toda a estrutura montada para rentabilizar a economia marítima que, agora, vive um momento de “quase estagnação”.
É que o PAICV, durante a sua permanência no poder, sempre encarou a economia marítima como um sector prioritário e de crescimento natural para Cabo Verde e chegou a “impulsionar e dinamizar” um Cluster, composto por uma série de actividades da chamada “economia azul”.
O tal Cluster incluía também o abastecimento de combustíveis (bunckering), a reparação naval e serviços, o transporte de contentores, a pesca, a aquacultura, o processamento e exportação de produtos da pesca, o registo de navios, a investigação marítima, a logística portuária, o turismo de cruzeiros, a segurança marítima e os desportos náuticos e aquáticos.
Foi também durante a sua governação do PAICV que se criou uma estrutura de governança do sector marítimo, estabeleceu-se uma agência reguladora e foi lançado o processo de subconcessão dos principais portos e do estaleiro naval da Cabnave a operadores do sector privado.
Ao sector privado foi ainda concessionado a Plataforma de Frio e avançou-se com o projecto do Terminal de Cruzeiros no Mindelo e com o projecto de registo de navios (que deveria começar em 2016, após a conclusão da fase de planeamento).
Para o PAICV, com a ascensão do Movimento para a Democracia (MPD) ao poder, o sector da economia marítima deixou de ser encarado como alavanca do crescimento económico, além de não se estar a promover a modernização do sector das pescas, e, muito menos, a apostar no transporte inter-ilhas, como factor de mobilidade e integração.
Fonte: INFORPRESS