A Comissão Política Regional do PAICV de Santiago Norte (CPR-PAICV) e a Federação das Mulheres do PAICV (FNMPAI) organizaram, no dia 14 de Outubro, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Santa Cruz, um intercâmbio de troca de conhecimentos, práticas e conhecimentos para promover o empoderamento das mulheres rurais em Santiago Norte para assinalar o Dia Mundial da Mulher Rural, comemorado no dia 15 de Outubro.
A atividade, organizada sob a forma de palestras e testemunhos, consistiu na dinamização de duas palestras: uma proferida pela OMCV, sobre o empreendedorismo no meio rural enquanto um mecanismo para aumentar o rendimento das mulheres no meio rural e outra pela RAMAO sobre projetos implementados, no meio rural da Região de Santiago Norte, para reconverter as atividades das mulheres que “apanham areia” em outras atividades que geram rendimentos e, ao mesmo tempo, preservam a saúde dessas mulheres.
A realização deste intercâmbio com as mulheres de Santiago Norte teve o propósito de fomentar a troca de experiências, práticas e conhecimentos sobre outros tipos de atividades geradoras de rendimento e outras formas de empoderamento ajustados ao meio rural com o intento de as mulheres rurais apostarem na diversificação dos seus meios de vida e, com isso, se autonomizarem financeiramente e economicamente.
Ademais, o evento acontece numa altura em que o País a enfrenta o espectro do mau ano agrícola e, sendo necessário que as mulheres rurais tenham informações e conhecimentos que a diversificação de suas atividades – além da agricultura – pode ser transformada em fonte de arrecadação de rendimento para os seus agregados familiares.
Com a instituição deste dia a 15 de outubro de 1995, a Organização das Nações Unidas (ONU) pretende elevar a consciência mundial sobre o papel da mulher rural. As mulheres rurais são agricultoras, camponesas, peixeiras, criadoras de gado e empresárias. Elas desempenham um papel essencial no desenvolvimento agrícola, na segurança alimentar e nutricional e na gestão dos recursos naturais. E, ainda, prestam cuidados, criam os filhos e participam das atividades comunitárias.
Apesar de um conjunto de atividades que as mulheres rurais realizam e que contribui para a economia do país, elas continuam sendo as mais pobres. A população rural em Cabo Verde, e particularmente as mulheres em Santiago Norte, segundo os dados do último Recenseamento Geral da Agricultura dedicam, maioritariamente, à agricultura de sequeiro.