O Grupo Parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (GP-PAICV) pronunciou-se ontem sobre a decisão da separação da Inforpress da RTC, ato que consideram ter ocorrido apenas, em teoria, uma vez que, na prática, “a Inforpress continua a depender financeiramente da RTCI”.
Em declarações à imprensa no final da visita à Agência, onde manteve um encontro com o gestor único demissionário, Carlos Santos, o porta-voz do Grupo, o Deputado Rui Semedo, disse que a agência não pode continuar a viver na situação de indefinição em que se encontra há mais de um ano.
Para o Deputado tambarina esta situação exige um posicionamento claro do Governo no sentido de este garantir o pleno funcionamento da Empresa, com o seu Conselho de Administração, o seu Estatuto e orçamento de funcionamento.
Às portas do debate, no Parlamento, sobre o estado da Nação, Rui Semedo avançou que, o Partido que representa, espera que a Comunicação Social continue a ser exemplo, sendo certo que, “no quadro do exercício da liberdade de imprensa, Cabo Verde conseguiu vários ganhos relacionados com a atitude dos decisores públicos, mas também, com o trabalho e o profissionalismo dos técnicos e dos órgãos de Comunicação Social que existem no país”.
Rui Semedo defende ainda que Cabo Verde deverá continuar a ter “uma Imprensa livre, credível, mas também, pujante e que seja reconhecida a nível interno e internacional”. Para isso, “o Governo deve continuar a investir e ter uma atitude responsável, de isenção, garantindo a independência dos órgãos e dos jornalistas para que exerçam, sem qualquer tipo de pressão e interferência, a sua profissão”, recomendou.