GP-PAICV: PAÍS SEM NOVAS RESPOSTAS NAS POLÍTICAS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL E EMPREGO

O Grupo Parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (GP-PAICV) manteve, no âmbito da preparação da próxima Sessão Parlamentar, um encontro de trabalho na tarde de hoje, 19 de Abril, com os membros do Conselho de Administração do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
 
Desalentada, a Líder Parlamentar do PAICV e porta-voz do Grupo, Janira Hopffer Almada, prestou declarações à Comunicação Social tendo dito estar cada vez mais preocupada com situação do país numa altura em se verifica um aumento exponencial da taxa de desemprego. “Ninguém acredita que este aumento na taxa de desemprego tem a ver com o aumento da esperança dos jovens.Na verdade, os jovens estão cada vez mais desesperançados porque não há oportunidades e as nomeações estão a ser feitas por escolha direta, sem nenhum concurso público, sem se avaliar o mérito e a competência”, denuncia.
 
Face a este cenário nada animador a Líder tambarina deixa as seguintes questões para a quem de direito: “Quais são as medidas para que os jovens tenham mais acesso ao emprego? Que medidas implementar para que haja geração de mais empregos dignos?”
 
Ademais, Janira Hopffer Almada salienta não ter encontrado nenhuma resposta nova nas políticas de formação profissional e de emprego a não ser uma “continuidade das políticas que estavam em curso com operação de cosmética de mudança de nomes”. Para exemplificar, citou os casos da mudança de nome da Cabo Verde Investimentos para Cabo Verde Trade Invest e a intenção de acabar com a ADEI para se criar uma outra agência com nome muito pomposo, “sem mudança de visão e de política, quando mais de funcionamento e de investimento”.
 
Motivo redobrado de preocupação para o PAICV ainda é o facto de Ulisses Correia e Silva ter anunciado “estágios profissionais, na Função Pública, como se tivesse descoberto a pólvora”, esquecendo-se que o que cria emprego é a dinamização da economia. “Com o endividamento interno que temos, com o risco de derrapagem orçamental, que já foi detectado e denunciado pelo PAICV, como é que se vai dinamizar a economia, mormente quando o Estado está a concorrer diretamente com o Sector Privado, cujo principal constrangimento é o financiamento?”, questiona realçando que “o que está em causa é o país e não há visão, não há estratégia e, em alguns casos, não há nem orientação”.

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