Cabo Verde é um País vocacionado para uma economia de prestação de serviços, onde o abastecimento às embarcações e às aeronaves se destaca como muito importante, desde tempos longínquos;
1. O aprovisionamento de combustíveis para o regular abastecimento aos que solicitam os nossos serviços é fundamental, sob pena de se perigar este negócio e de se perder terreno em favor dos nossos concorrentes mais diretos;
2. Com a nossa ambição de construção de um HUB aéreo no Sal os cuidados e responsabilidades aumentam, significativamente, para evitar o fiasco de um negócio que apenas existe, enquanto potencial;
3. Esta ambição é claramente incompatível com desleixos ou ligeirezas que nos conduzem à situação de ruptura, tal qual o país vive nos últimos dias, que levam as autoridades do sector a desdobrar-se em esforços, que poderiam ser poupados, para desviar vários voos das nossas rotas de abastecimento, o que beneficia, diretamente, os outros concorrentes, com ambições iguais às nossas;
4. Recorde-se que, nestes dias não se podem receber aviões, fora da pequena rotina, uma situação que não favorece a consolidação de um negócio muito apetecível e rentável;
5. Esta situação provoca danos irreparáveis para a imagem do aeroporto do Sal, para a credibilidade de Cabo Verde, enquanto país prestador deste serviço, para além de prejuízos consideráveis para a economia destas ilhas;
6. Este incidente desagradável provoca rombos avultados nos negócios das petrolíferas nacionais, erosão nos impostos que poderiam ser cobrados pelo Estado, prejuízos nos negócios da ASA, que perde em taxas e outros serviços, perdas aos serviços de catering e ainda transtornos aos serviços de handling;
7. Não se percebe também que a ASA, fugindo às suas obrigações legais, não tenha, através do NOTAN, emitido informações às entidades nacionais e estrangeiras sobre o sucedido;
8. Espera-se que se aja imediatamente para se pôr cobro a esta desagradável situação.
Praia, 07 de dezembro de 2018